Notícias

Transição que impulsiona indústria nacional e melhora vida da população

O quarto painel do dia de debates promovido pela Frente contou com a moderação do presidente da Abrace Energia, Paulo Pedrosa. Com o tema “Propostas para uma transição energética verdadeira no Brasil”, Edvaldo Santana, ex-diretor da ANEEL; Tânia Santos, gerente de Energia da FIEMG; e Igor Britto, diretor executivo do IDEC, debateram sobre os caminhos possíveis para se alcançar uma transição energética efetiva no Brasil.

O presidente da Abrace Energia abriu o debate afirmando que uma transição energética verdadeira precisa servir ao país, e não ser capturada por interesses que não sejam aqueles dos consumidores e da sociedade. “A Frente pode nos ajudar nesse debate. Esquecemos um pouco o que é fim e o que é meio. A transição energética é a grande oportunidade que temos para fazer uma transição para uma sociedade mais justa e próspera”, afirmou Pedrosa.

Com quase 50 anos de atuação no setor elétrico, Edvaldo Santana falou sobre as nuances e a evolução da matriz energética ao longo dos anos e disse que é muito difícil alcançar um ideal. Ele citou o Programa de Resposta da Demanda como uma das soluções ao acionamento das térmelétricas e colocou os consumidores como protagonistas para o processo de transição. “A variável chave para a solução do problema é o consumidor ser mais ativo e não olhar só a tarifa”, comentou.

Trazendo a visão da indústria, Tânia Santos lembrou que as termelétricas foram responsáveis por 57% das emissões da indústria em 2023. A representante da FIEMG apontou as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) como parte da solução, pediu um gás natural competitivo para que ele possa ser utilizado como combustível da transição e reforçou a ideia de que os subsídios deixem de ser pagos pelos consumidores e entrem no orçamento da união.

Por fim, o diretor executivo do IDEC apontou que os debates travados no âmbito do setor energético não são compreensíveis pela população. Para Igor, levar o entendimento real dos problemas para quem paga a conta é essencial para promover mudanças. “A transição será verdadeira quando estivermos comprometidos a levar essa agenda aos consumidores. Temos um modelo ultrapassado, arcaico e caro. Quando a população entender isso, teremos o combustível para a mudança”, destacou.

Compartilhe essa publicação

Confira mais notícias

carvão

21/10/2025

FNCE, Arayara e Observatório do Carvão Mineral manifestam repúdio ao Projeto de Lei nº 1.371/25
A FNCE, o Instituto Internacional Arayara, o Observatório do Carvão Mineral manifestam seu mais veemente repúdio ao Projeto de Lei (PL) nº 1.371, de 2025,...
xo

20/10/2025

Ibama suspende licença da maior Termelétrica a Gás Natural do Bioma Cerrado
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) indeferiu a Licença Prévia da Usina Termelétrica a Gás Natural Fóssil (UTE) Brasília,...
painel

30/09/2025

Estudo identifica distorções na geração distribuída e propõe ajustes na regulação
Um estudo inédito encomendado pela FNCE e por outras entidades avaliou os impactos da política de incentivos à micro e minigeração distribuída (MMGD) no Brasil....
Audiência pública

18/09/2025

Audiência pública na Câmara debate o fim dos subsídios ao carvão mineral no setor elétrico
Nesta quinta-feira (18), FNCE, Instituto Arayara e Idec participaram de audiência pública sobre os subsídios concedidos ao carvão mineral no setor elétrico. Foi a primeira...
Itaipu

16/09/2025

Estudo mostra o impacto do custo de Itaipu para os consumidores brasileiros no 1º sem 2025
Responsável por acompanhar de forma permanente os custos de Itaipu para avaliar os riscos e impactos aos consumidores de energia, a equipe técnica da FNCE...
Baterias_

15/09/2025

FNCE propõe inclusão de baterias e resposta da demanda no LRCAP 2026
A FNCE protocolou na última sexta-feira (12) as contribuições à Consulta Pública 194/2025 sobre o Leilão de Reserva de Capacidade 2026. Foram apresentadas nove medidas...