Hoje é o primeiro Dia Internacional da Energia Limpa. A data de 26 de janeiro foi declarada pela Assembleia Geral das Nações Unidas como um chamado para aumentar a conscientização e mobilização por uma transição energética justa e inclusiva.
A Frente defende esta causa e acredita que este é o momento para promover políticas púbicas que impulsionem a produção de energia limpa de forma sustentável, sem distorções econômicas ou interesses políticos. Neste sentido, fazemos um apelo ao Congresso Nacional para que as políticas públicas formuladas e votadas pelos congressistas estejam alinhadas com essa necessidade urgente.
Dados divulgados pelas Nações Unidas indicam que o carvão, o petróleo e o gás (combustíveis fósseis) são responsáveis por quase 90% das emissões globais de dióxido de carbono. Evidências científicas mostram que é necessário reduzir as emissões quase pela metade até 2030 e chegar a zero até 2050 para evitar os piores impactos da mudança climática.
Além disso, os combustíveis fósseis ainda dominam a produção global de energia, mas as fontes renováveis de energia, como eólica, solar, hidrelétrica e geotérmica já respondem por cerca de 29% da eletricidade em todo o mundo. No Brasil, a matriz elétrica é 92% limpa! Marca formidável que precisa ser valorizada e cada vez mais estimulada.
No entanto, no Congresso Nacional medidas que promovem a produção de energia a partir dos combustíveis fósseis, como o carvão, avançam rapidamente. O projeto de lei 11.247 de 2018, mais conhecido como marco regulatório das eólicas offshore, é um exemplo disso. O texto que chegou à Câmara dos Deputados propunha-se a regular a produção de energia eólica em alto mar e saiu da Casa Legislativa aprovado por ampla maioria com uma série de novos itens controversos e sem qualquer embasamento científico ou econômico.
Um desses novos artigos, ou jabutis como se fala no dialeto de Brasília, prevê a prorrogação de contratação de usinas térmicas a carvão até 2050, com a pretensão de estender por mais de 20 anos o uso dessa fonte fóssil extremamente poluente, na contramão do que o mundo todo busca.
A transição energética no Brasil deve ser um vetor de descarbonização da indústria, de melhoria da competitividade e de redução das desigualdades.
Conheça mais sobre nossas causas
Leia o artigo publicado hoje pelo portal Poder 360:
Por uma transição energética justa, sustentável e efetiva